Roberto Abraham Scaruffi

Wednesday, 13 October 2010

Posted: 10 Oct 2010 05:48 PM PDT
Fonte: Rádio ONU
Pesquisa sugere que quase metade dos entrevistados citam a instabilidade política, falta de moradia e educação como impedimentos para o retorno permanente.
Refugiados iraquianos
Um estudo do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, revela que cerca da metade dos iraquianos abrigados na Síria estão hesitantes sobre um retorno permanente à casa.
A pesquisa ouviu entre julho e agosto mais de 2 mil pessoas de 500 famílias. Todos vivem na região de Al Waheed, perto da fronteira entre Síria e Iraque.

Educação
A instabilidade política, insegurança, falta de moradia e de serviços de educação foram algumas das causas citadas pelos refugiados iraquianos para prolongar o retorno.

O encarregado de informação do ACNUR, William Spindler, disse à Rádio ONU, de Paris, que a agência não incentiva a volta involuntária.
“Do ponto de vista do ACNUR, as condições de segurança não são adequadas no Iraque. Mas, em todo o caso, estamos prontos a ajudar os refugiados que queiram voltar de uma maneira voluntária. Estamos coordenado com autoridades iraquianas para facilitar este retorno. Ainda não há condições para viver normalmente: escolas, eletricidade, água potável, acesso a hospitais tudo isso”, afirmou.

Documentos
Muitos iraquianos entrevistados para a pesquisa do ACNUR contaram ter voltado à casa apenas em viagens curtas para tratar de documentos, visitar parentes ou checar o estado de suas propriedades.

O ACNUR realizou a mesma pesquisa na fronteira da Jordânia com o Iraque com mais de 350 famílias. Nesse caso, ninguém queria retornar citando razões similares.
A Síria tem no momento mais de 290 mil refugiados cadastrados no escritório do ACNUR. O país abriga mais de 1 milhão de iraquianos que cruzaram a fronteira para fugir da guerra de 2003.