Posted: 18 Jul 2010 05:10 PM PDT
Fonte: Jornal de Notícias
Filed under: Notícias
Só em 2009, o Serviço Jesuíta aos Refugiados atendeu cerca de quatro mil imigrantes em Portugal. A inserção profissional e a regularização são dificuldades comuns a quase todos, mas também há muita gente procurando comida, medicamentos e lugar para dormir.
A chegada de Radion Morari a Portugal, há sete anos, foi dramática. Com 21 anos de idade, o moldavo não falava uma palavra de português. Sem conseguir integrar-se, caiu numa espiral de degradação que o levou a viver na rua durante três anos, quase sempre alcoolizado. Um tratamento de desintoxicação numa comunidade terapêutica foi o primeiro passo para a mudança de rota, que prossegue, há ano e meio, no centro de acolhimento Pedro Arrupe, do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS, na sigla internacional), na Ameixoeira, em Lisboa.
“Não foi nada fácil”, recorda Radion Morari, “Não desejo a ninguém o que passei. Mas aqui no centro foi toda a gente muito acolhedora. Graças a eles, tenho os papéis todos e estou tentando refazer a vida”, diz o moldavo, hoje empregado como ajudante de pasteleiro.
Mais atrasado está o processo de Ibrahim Cio, 23 anos, chegado da Mauritânia há 16 meses “para salvar a vida”. Quando pôs os pés em Portugal, nem sabia em que país estava – só sabia que entrara na Europa. Agora, vivendo no centro há dez meses, ainda não regularizou por completo a sua situação, o que dificulta a procura de trabalho.
Radion e Ibrahim são dois dos 25 residentes do centro de acolhimento temporário, que tem uma lista de espera de mais de 40 pessoas. André Costa Jorge, diretor do JRS Portugal, explica que, ali, os imigrantes comprometem-se a cumprir a sua parte de um acordo que passa pela concretização do seu processo de vida e um conjunto de regras, como a participação nas tarefas domésticas e a proibição de consumir drogas ou álcool.
“Muitas das pessoas que aqui chegam dormiam na rua e estão devastadas psicologicamente, sem amigos e sem disciplina”, explica. “Tentamos reeducá-las socialmente e ajudá-las a autonomizar-se”, diz o responsável, notando que, das 13 pessoas que saíram do centro no primeiro semestre, 11 tinham realizado o seu projeto de vida, incluindo emprego, casa e regularização.
“Queremos ajudar pessoas que foram destituídas dos direitos mais fundamentais”, diz André Costa Jorge. “Como dizia o nosso fundador, Pedro Arrupe, o JRS tem de estar onde mais ninguém está”.
A chegada de Radion Morari a Portugal, há sete anos, foi dramática. Com 21 anos de idade, o moldavo não falava uma palavra de português. Sem conseguir integrar-se, caiu numa espiral de degradação que o levou a viver na rua durante três anos, quase sempre alcoolizado. Um tratamento de desintoxicação numa comunidade terapêutica foi o primeiro passo para a mudança de rota, que prossegue, há ano e meio, no centro de acolhimento Pedro Arrupe, do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS, na sigla internacional), na Ameixoeira, em Lisboa.
“Não foi nada fácil”, recorda Radion Morari, “Não desejo a ninguém o que passei. Mas aqui no centro foi toda a gente muito acolhedora. Graças a eles, tenho os papéis todos e estou tentando refazer a vida”, diz o moldavo, hoje empregado como ajudante de pasteleiro.
Mais atrasado está o processo de Ibrahim Cio, 23 anos, chegado da Mauritânia há 16 meses “para salvar a vida”. Quando pôs os pés em Portugal, nem sabia em que país estava – só sabia que entrara na Europa. Agora, vivendo no centro há dez meses, ainda não regularizou por completo a sua situação, o que dificulta a procura de trabalho.
Radion e Ibrahim são dois dos 25 residentes do centro de acolhimento temporário, que tem uma lista de espera de mais de 40 pessoas. André Costa Jorge, diretor do JRS Portugal, explica que, ali, os imigrantes comprometem-se a cumprir a sua parte de um acordo que passa pela concretização do seu processo de vida e um conjunto de regras, como a participação nas tarefas domésticas e a proibição de consumir drogas ou álcool.
“Muitas das pessoas que aqui chegam dormiam na rua e estão devastadas psicologicamente, sem amigos e sem disciplina”, explica. “Tentamos reeducá-las socialmente e ajudá-las a autonomizar-se”, diz o responsável, notando que, das 13 pessoas que saíram do centro no primeiro semestre, 11 tinham realizado o seu projeto de vida, incluindo emprego, casa e regularização.
“Queremos ajudar pessoas que foram destituídas dos direitos mais fundamentais”, diz André Costa Jorge. “Como dizia o nosso fundador, Pedro Arrupe, o JRS tem de estar onde mais ninguém está”.
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Posted: 17 Jul 2010 06:54 PM PDT
Fonte: Jornal de Angola
A Missão das Nações Unidas no Chade e na República Centro-Africana (MINURCAT), terminou na quinta-feira, tal como previsto, a primeira fase da sua retirada progressiva até 31 de Dezembro.
“Em conformidade com a resolução 1923, das Nações Unidas, a redução das tropas da MINURCAT faz-se normalmente e de forma progressiva. Partiram já cerca de 1.400 soldados da MINURCAT”, indicou o general Oki Dagache, que dirige à Coordenação Nacional de Apoio ao Desdobramento da Força Internacional no Leste do Chade (CONAFIT).
Segundo o esquema aprovado pela Organização das Nações Unidas e negociado com Djamena em abril, a componente militar da MINURCAT, que contava com 3.300 soldados, deve ser reduzida à 2.200 homens, sendo 1.900 no Chade e 300 na República Centro-Africana até 15 de julho.
A partir de 15 de outubro, as restantes forças e a componente civil da missão, que conta com cerca de um milhão de pessoas, são progressivamente retiradas até 31 de dezembro.
Missão fracassada
O Presidente chadiano, Idriss Deby Itno, opôs-se à renovação dessa Missão, que qualificou de fracasso.
Mas as agências das Nações Unidas e algumas ONGs acharam que a retirada da MINURCAT cria um vazio no esquema de segurança, numa altura em que os ataques contra trabalhadores humanitários são frequentes.
A MINURCAT foi criada em 2007 para garantir a segurança dos refugiados e deslocados no Leste do Chade e na República Centro-Africana, favorecer o regresso voluntário dos refugiados e facilitar a ajuda humanitária.
A Missão das Nações Unidas no Chade e na República Centro-Africana (MINURCAT), terminou na quinta-feira, tal como previsto, a primeira fase da sua retirada progressiva até 31 de Dezembro.
“Em conformidade com a resolução 1923, das Nações Unidas, a redução das tropas da MINURCAT faz-se normalmente e de forma progressiva. Partiram já cerca de 1.400 soldados da MINURCAT”, indicou o general Oki Dagache, que dirige à Coordenação Nacional de Apoio ao Desdobramento da Força Internacional no Leste do Chade (CONAFIT).
Segundo o esquema aprovado pela Organização das Nações Unidas e negociado com Djamena em abril, a componente militar da MINURCAT, que contava com 3.300 soldados, deve ser reduzida à 2.200 homens, sendo 1.900 no Chade e 300 na República Centro-Africana até 15 de julho.
A partir de 15 de outubro, as restantes forças e a componente civil da missão, que conta com cerca de um milhão de pessoas, são progressivamente retiradas até 31 de dezembro.
Missão fracassada
O Presidente chadiano, Idriss Deby Itno, opôs-se à renovação dessa Missão, que qualificou de fracasso.
Mas as agências das Nações Unidas e algumas ONGs acharam que a retirada da MINURCAT cria um vazio no esquema de segurança, numa altura em que os ataques contra trabalhadores humanitários são frequentes.
A MINURCAT foi criada em 2007 para garantir a segurança dos refugiados e deslocados no Leste do Chade e na República Centro-Africana, favorecer o regresso voluntário dos refugiados e facilitar a ajuda humanitária.