Roberto Abraham Scaruffi

Tuesday, 13 July 2010

Posted: 12 Jul 2010 11:37 AM PDT
Fonte: ACNUR
O Encontro Nacional das Redes de Proteção nesse ano se focará nas necessidades de grupos especialmente vulneráveis - mulheres, crianças e idosos. (Foto: ACNUR)
– Começa amanhã (13 de julho), em Brasília, o VI Encontro Nacional das Redes de Proteção, promovido pelo  ACNUR e pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH). O encontro, que ocorre até a próxima quinta-feira (15 de julho), reunirá diversas instituições da sociedade civil envolvidas na acolhida e na assistência a migrantes e refugiados no Brasil. O Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) também participará do encontro, cujo tema é “A atenção aos refugiados e aos migrantes em casos especiais de vulnerabilidade: mulheres, crianças e idosos.”

A solenidade  de abertura, que será realizada às 19h30 de amanhã, , contará com exposições do Representante do ACNUR no Brasil, Andres Ramirez, e do Presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio Almeida.  Os palestrantes abordarão as questões da integração dos refugiados no Brasil e da política nacional de imigração, respectivamente.
Nos dias seguintes, diversas oficinas de trabalho serão realizadas para capacitar ONGs que atuam diretamente no processo de acolhida e integração de refugiados. Neste ano, o encontro se focará nas necessidades de grupos especialmente vulneráveis – mulheres, crianças e idosos. Está prevista também a exibição de filmes e curta-metragens relacionados ao tema.
Para Andrés Ramirez, o mandato do ACNUR é com todos os refugiados e, por isso, é importante que as políticas de proteção sejam inclusivas. “Infelizmente, em muitas situações os grupos mais vulneráveis, como mulheres, crianças e idosos, são marginalizados ou esquecidos pelos agentes de proteção. Precisamos garantir, inclusive com ações afirmativas, que eles possam expressar suas necessidades e principais dificuldades.”
Rosita Milesi, diretora do IMDH, diz que, ao reunir entidades de diversas regiões do país, o encontro propiciará melhores condições de atuação dos agentes das Redes de Proteção, além do intercâmbio de experiências e práticas em favor da população refugiada. “O Brasil se dispõe, cada vez mais, a receber os refugiados e propiciar a eles uma nova Pátria, um novo lar. As entidades da sociedade civil, que formam as redes de proteção e integração no País, sentem a necessidade de maior capacitação de seus agentes e colaboradores nesta ação humanitária”, afirma Rosita.
O IV Encontro das Redes de Proteção ocorrerá às 19h30 desta terça-feira (13/07/10), no Centro Cultural de Brasília (Avenida L2 Norte, Quadra 601-B, Asa Norte).
Para outras informações sobre este evento, fale com Irmã Rosita, do Instituto de Migrações e Direitos Humanos (33402689).

Filed under: Notícias

Posted: 12 Jul 2010 06:50 AM PDT
Fonte: AFP
Vítimas dos atentados no hospital Mulago, em Campala, Uganda: dois atentados matam 74 pessoas que viam a final da Copa
Ao menos 74 pessoas morreram na noite de domingo em um duplo atentado contra dois restaurantes que exibiam a final do Mundial da África do Sul-2010 em Campala, a capital de Uganda, informou a polícia, que atribui a autoria dos ataques a milícias somalis shebab, ligadas à Al-Qaeda.
Este duplo atentado é o mais mortífero já cometido na África Oriental desde os ataques contra as embaixadas americanas de Nairóbi e Dar es Salaam, realizados por membros da Al-Qaeda e que custaram a vida de mais de 200 pessoas em 7 de agosto de 1998.

Anteriormente, o saldo de mortos era de 64 e de feridos 65. “As nacionalidades das vítimas serão comunicadas mais tarde”, declarou à AFP a porta-voz da polícia, Judith Nabakooba.
As duas bombas explodiram num restaurante etíope do sul da capital ugandesa e em um clube de rúgbi do leste da cidade enquanto muitas pessoas acompanhavam a partida entre a Espanha e a Holanda.
O presidente americano Barack Obama condenou “os ataques deploráveis e covardes” e afirmou que seu país está disposto a prestar ao governo local a ajuda que precisar, informou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Mike Hammer.
Entre os mortos figura um americano, informou a embaixada americana em Campala.
“Só queríamos ver a partida, e infelizmente fomos para a área etíope”, declarou no hospital Chris Sledge, um jovem de 18 anos, que sofreu ferimentos graves nas pernas e em um olho.
O chefe da polícia, Kale Kayihura, vinculou o duplo atentado às ameaças feitas recentemente por rebeldes islamitas Shebab na Somália contra Uganda e Burundi, dois países que enviaram um total de 6.000 soldados para a força de paz da União Africana na Somália (AMISOM).
Os shebab, que controlam a maior parte da Somália, consideram que se trata de uma força de ocupação.
A AMISOM foi posicionada em março de 2007 e atualmente sua principal missão consiste em proteger o frágil governo provisório que dirige o país desde janeiro de 2009.
“Como sabem, houve declarações por parte dos shebab e da Al-Qaeda. O terrorismo é uma ameaça nos dias de hoje. Vocês conhecem a região em que estamos e nosso compromisso na Somália”, declarou Kayihura na noite de domingo. “Evidentemente, trata-se de terrorismo”, acrescentou.
A União Africana (UA) também classificou o ocorrido de “ato terrorista (que) deve ser condenado nos termos mais fortes”.
E o presidente somali, Sharif Sheij Ahmed, afirmou que foi um “ato vil e diabólico”.
Os shebab ameaçaram recentemente com represálias contra a Uganda e Burundi por sua participação na força da UA na Somália. Apesar de durante os últimos anos esses islamitas afiliados à Al-Qaeda multiplicarem os atentados contra a AMISOM, nunca os haviam cometido até agora fora do território somali.
Em 5 de julho, o chefe dos shebab, Ahmed Abdi Godane, pediu aos somalis que se unam para expulsar a AMISOM do país.
Nesse mesmo dia, a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), que reagrupa seis países da África Ocidental, decidiu mobilizar rapidamente 2.000 homens adicionais na AMISOM para aumentar o número de efetivos até 8.000.