Posted: 18 Dec 2010 09:15 AM PST
Fonte: Euronews
A Costa do Marfim aproxima-se perigosamente da guerra civil. Tanto os
apoiantes de Laurent Gbagbo como os de Alassane Ouattara se mostram
dispostos a lutar pelo poder.
A ONU, a União Africana, a União Europeia
e os Estados Unidos não se cansam de pedir a Gbagbo que abandone o
poder para evitar um banho de sangue, mas o campo do presidente
derrotado tem outra leitura dos resultados:
“Nem a América, nem a França nem toda a Europa nem qualquer instituição
podem pedir ao presidente Gbagbo para partir. Na Costa do Marfim há
cerca de 20 milhões de pessoas e a maioria escolheu Laurent Gbagbo como
líder. Porque é que ele deveria partir?”
Na quinta-feira a violência nas ruas deixou entre 11 e 30 mortos – os números variam segundo as fontes.
A juventude pro-Gbagbo exorta os cidadãos a prepararem-se para o
combate. Os jovens patriotas prometeram para a tarde deste sábado uma
manifestação na capital.
O mediador da União Africana chegou ontem a Abidjan, sem grandes
esperanças, como explicou à euronews Patrick N’Gouan da Convenção da
Sociedade Civil marfinense:
e: O que espera da mediação de Jean Ping, presidente da comissão da União Africana?
P.N: Não espero grande coisa porque os dois campos estão irredutíveis. Penso que não terá mais sucesso que Tabo Mbeki.
Esta crise começou com as eleições presidenciais de 28 de Novembro. A
comissão eleitoral anunciou a vitória do líder da oposição, Alassane
Ouattara, mas o conselho constitucional investiu o presidente cessante,
Laurent Gbagbo, que conta com o apoio do exército.