Velhos e saudosos tempos em que eu podia sair nas ruas com a minha câmera digital,botar para quebrar, e mostrar a verdade, como no dia 25 de março de 2010, quando o Prefeito Eduardo Paes ferrou os moradores em Copacabana.
Meses
depois, no dia 23 de março de 2012, eu sofri um atentado por causa
desse blog, tomei seis tiros, dois na cabeça, um no peito, e três de
raspão.
Não vou bater, não vou xingar, mas um jovem menino morreu.
O que custava o governo colocar uma proteção no buruco, ou se fosse o caso, mantesse um vigia, uma criança morreu por que alguém foi negligente.
E, digo mais, isso não é um caso isolado, triste, muito triste.
Extra
A Polícia Civil está investigando a
morte de um menino de 5 anos que foi encontrado morto dentro de uma
obra de construção de uma cisterna, feita pela Secretaria estadual de
Habitação, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O
corpo da criança foi encontrado na manhã de ontem no buraco, que tem
cerca de três metros de profundidade e quatro de diâmetro.
De acordo com a tia da vítima, a camelô Márcia Cristina de Oliveira Cunha, de 29 anos, Micael
de Oliveira estava na festa de aniversário de um vizinho, na Rua
Projetada A, no Parque Vila Nova, na Favela do Lixão. Por volta de
20h30, a mãe do menino foi procurar a criança e não a encontrou. Por
volta de 8h do dia seguinte, uma vizinha encontrou o corpo do garoto na
cisterna e chamou a família. Testemunhas contaram que ele estava com
as pernas dobradas, como se tivesse caído sentado.
—
A gente acha que ele realmente caiu, foi um acidente. Mas tinha que
ter uma proteção maior aqui, porque tem muitas crianças — opinou
Márcia, emocionada.
De
acordo com o delegado Cláudio Vieira de Campos, da 59ª DP (Duque de
Caxias), o caso inicialmente está sendo tratado como uma fatalidade,
mas nenhuma hipóteses será descartada para as investigações.
—
A perícia no local foi feita pela Polícia Civil e por fiscais do
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Vamos esperar os
laudos ficarem prontos para saber as verdadeiras condições de segurança
do local e apurar se houve negligência da empresa que está fazendo as
obras.
Segundo
o encarregado Euclides Veras, de 36 anos, responsável pela obra, os
trabalhos de construção de 26 casas populares começaram no local há um
ano e dois meses no local. Recentemente, o buraco foi aberto para a
construção da cisterna para bombear água para os imóveis que estão em
fase final.
Euclides
alega que isolava o buraco frequentemente com uma tela, mas as
crianças da comunidade tiravam a proteção para poder mergulhar na água
que ficava empoçada no local. Segundo ele, os operários alertavam sobre
os riscos.
Nem todos passaram um Natal Feliz, muitas famílias no Rio e no Brasil estão tristes, motivo, essa violência infernal que está por todos os lados.
Meus sentimentos a essa família dessa linda jovem.
Extra
A jovem atingida na cabeça por uma bala perdida, dentro de um ônibus na Zona Norte, não responde mais a estímulos e foi diagnosticada, no fim desta noite, a morte cerebral. O quadro é irreversível.
—
O coração bate enquanto tem força para bater, mas o cérebro não
responde mais, foi o que os médicos nos disseram — revelou o pai da
jovem, Luiz Gustavo da Silva.
Flávia da Costa Silva, de 26 anos, foi
atingida pela bala perdida na Rua Araújo Leitão, na manhã desta
sexta-feira. Ela seguia para o trabalho, no Centro, quando foi alvejada
na cabeça, dentro de um ônibus da linha 232 (Praça XV-Lins), enquanto
passava pelo Engenho Novo, em um dos acessos uma favela do bairro.
Flávia foi socorrida por bombeiros e foi operada no Hospital Federal do Andaraí. A jovem formou-se em química no fim deste ano. Moradora do Lins, ela costuma sair de casa por volta de 7h para trabalhar.
Leiam a matéria abaixo, principalmente o marcado em vermelho, já tem até petista perguntando por que os mensaleiros não fugiram ?
Lembram daquele bandido banqueiro que fugiou para a Itália depois de conseguir ser solto pelo STF ? E aquele médico estuprador de SP que está foragido também depois de conseguir a liberdade no STF ?
A conferir.
Folha de SP
BRASÍLIA
- Ao rejeitar a prisão imediata dos condenados pelo mensalão, Joaquim
Barbosa mostrou que nem sempre está disposto a se assumir como uma
versão tribunal superior do juiz Dredd.
Personagem
clássico dos quadrinhos, maltratado em duas adaptações medonhas para o
cinema, Dredd vive numa violenta distopia em que magistrados são, ao
mesmo tempo, policiais, promotores e executores de pena
-invariavelmente duras, geralmente de morte pelas mãos do próprio juiz.
Se
foi técnica e merece aplauso, a decisão também tem caráter político.
Pois, se calou aqueles que suspeitavam de seu "ativismo", o suspense
sobre o que Barbosa faria deu um "calor" nos condenados e seus
advogados, que perderam a noção do ridículo e se comportam como vedetes
de um teatro do absurdo.
Como
tudo na vida, há um ônus mesmo num ato correto. É o fato de que os
condenados ganharam talvez dois meses ou mais para eventualmente
planejar uma fuga.
Claro
que seus advogados vão negar tal hipótese, probos que são seus
clientes, e o próprio Barbosa se diz convencido de que a retenção de
passaportes seja medida suficiente.
Só
que não é. Com dinheiro e contatos, algo que não falta a boa parte dos
condenados, qualquer um consegue documentos falsos e se aproveita da
porosidade de nossas fronteiras no Sul e na região amazônica.
E
para os ideologicamente motivados do bando, a Venezuela chavista, o
Equador e o museu dos Castro em Cuba estão logo ali. Como disse um
figurão petista em uma festa de fim de ano nesta semana: "Não sei por
que eles não vão embora logo".
A
possibilidade apavora a Polícia Federal, que ficaria com a conta
política de uma fuga. Como não foi incumbida pelo Supremo para, digamos,
ter um agente colado em cada condenado, resta à PF confiar no
monitoramento de seus serviços de inteligência. E isso pode falhar.
Decepção total, parece que deu certo as meaças feitas pelo PT.
Dê APAUSE na rádio, e assista o video.
Folha de SP
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim
Barbosa, negou ontem o pedido de prisão imediata dos condenados no
mensalão, garantindo a eles o direito de ficar em liberdade até que
todos os recursos possíveis sejam julgados.
Segundo
Barbosa, o plenário do STF já decidiu, na análise de um habeas corpus,
e contra seu voto, ser "incabível o início da execução penal antes do
trânsito em julgado [após esgotados os recursos] de condenação".
A decisão de Barbosa garante aos condenados um bom tempo antes do início do cumprimento de suas penas.
Isso
porque para que sejam aplicadas, o tribunal ainda precisa publicar o
acórdão (oficialização da decisão) e, depois disso, julgar recursos que
deverão ser propostos.
Ao
todo, após quase cinco meses do maior julgamento da história do
tribunal, 25 pessoas foram condenados. Destes, 11 terão de cumprir a
pena em regime inicialmente fechado, entre eles o ex-ministro da Casa
Civil do primeiro governo Lula, José Dirceu.
O
pedido de prisão imediata foi feito pelo procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, no início do julgamento. Ao final, no
entanto, ele retirou o pedido e o reapresentou quando o tribunal já
estava em recesso.
A
atitude foi vista por ministros do Supremo como uma manobra para
deixar o caso nas mãos do presidente do STF, plantonista durante o
recesso, supostamente o mais suscetível ao pedido, já que plenário do
tribunal dificilmente acataria a proposta.
O
plantão de Barbosa vai até meados de janeiro, quando ele será
substituído pelo vice-presidente, Ricardo Lewandowski. O recesso do STF
acaba em 1º de fevereiro.
Gurgel
disse, por meio da assessoria, que a negativa de prisão imediata
reforça "o temor de que se passe muito tempo até o efetivo cumprimento
das condenações".
O
procurador fez o pedido argumentando que ação do mensalão não está
sujeita a uma "instância revisora". Também disse que os recursos devem
ocorrer "em cascata" com o objetivo de adiar o cumprimento das penas.
Em
sua decisão, no entanto, Barbosa disse que, "embora atípicos e
excepcionalíssimos", ainda existem recursos que, se bem sucedidos, podem
mudar o resultado.
O
ministro afirmou que a única possibilidade de mandar os réus para
prisão seria por algum motivo urgente e temporário, como a tentativa de
fugir, o que ele considera não ser o caso.
"Até
agora, não há dados concretos que permitam apontar a necessidade de
custódia cautelar dos réus, os quais, aliás, responderam ao processo em
liberdade", disse, lembrando já ter proferido uma decisão proibindo os
condenados a se ausentarem do país sem autorização.
RECURSOS
Já
em relação ao número excessivo de recursos, Barbosa respondeu que o
STF já vem decidindo impor o cumprimento das penas quando verifica
propostas de recursos "manifestamente protelatórios". Para ele, porém,
não se pode presumir desde já que isso vá acontecer no processo do
mensalão.
"É
necessário examinar a quantidade e o teor dos recursos a serem
eventualmente interpostos para concluir-se pelo seu caráter
protelatório."
No
Rio Grande do Sul, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia
(PT-RS), afirmou que a decisão "garante" o Estado de Direito.
O
petista entrou em conflito com o STF nos últimos dias por defender a
tese de que cabe ao Congresso a palavra final sobre a cassação de
mandatos dos deputados condenados, o que difere da decisão do tribunal.
Além
disso, ele cogitava dar abrigo na Câmara a deputados se Barbosa
decretasse a prisão antes da fase dos recursos. Maia rebateu a
declaração de Barbosa de que lhe falta conhecimento jurídico. "Quem fez a
Constituição fomos nós. (...) Então, conhecemos a Constituição de cor e
salteado." (FELIPE SELIGMAN)