Refugees United Brasil
|
|
Posted: 05 Nov 2011 10:48 AM PDT
Fonte: Rádio Nederland Wereldomroep Brasil
por Mauro Tomasini ![]() Mães de imigrantes desaparecidos em seus caminhos rumo aos Estados Unidos realizam uma marcha por diversos estados mexicanos em busca de seus filhos. Durante a caravana do ano passado, dois deles foram encontrados. No último informe, divulgado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, entre abril e dezembro de 2010, fala-se sobre o sequestro de 11.333 migrantes, a metade deles hondurenhos. A caravana, que se chama “passo a passo até a paz”, que realiza essas marchas desde 2000, trata de buscar qualquer pista sobre os imigrantes desaparecidos, com a intenção de que suas mães os encontrem. “É uma caravana de mães que buscam seus filhos desaparecidos em trânsito, supostamente no México, porque foi ali o último lugar que ouviram algo de seus filhos”, define Marta Sánchez Soler, coordenadora executiva do Movimento Migrante Mesoamericano. Junto a alguns pais, 35 mães compõem a expedição. No entanto, como indica Marta Sánchez, “essas pessoas percorrem a rota completa, mas em cada lugar nos acolhem, recebendo e se solidarizando”. Este ano caminha-se o percurso “mais perigoso”, concretamente, a rota do migrante, do Golfo do México até Tamaulipas, “onde, no Dia dos Mortos, se celebrou uma cerimônia em memória dos 72 migrantes massacrados em agosto de 2010″. Trata-se de um “esforço realmente excepcional, são mais de 15 dias de rota, todos dedicados a promover o fim dos sequestros, assassinatos e maus tratos aos imigrantes e para buscar a pista dos filhos”. A situação dos migrantes, nas palavras de Marta Sánchez, “é crítica, trágica, desastrosa e extremamente perigosa”. Há alguns dias, cita como exemplo, “mataram a outro migrante que havia vindo em uma das caravanas, e, nesse caso, tratava-se de um migrante documentado, que estava estabelecido, trabalhava e , ainda assim, o mataram”. Desde 2006, o Movimento Migrante Mesoamericano acompanha a caravana em seu périplo, o que deu “muito mais visibilidade”, já que nos primeiros anos se realizava de “forma muito humilde, por conta própria”. Um dos principais trabalhos realizados por essa organização é o estabelecimento de encontros com “qualquer funcionário público que poderia resolver nesses tipos de casos”. Entre os aspectos positivos da marcha, que mantém a esperança das mães, está o fato de terem “encontrado 57 migrantes no passado. As mães trazem fotografias e dados, buscam pistas de alguém que os tenha visto; procuram por albergues que os tenha acolhido, penitenciárias onde possam estar presos ou prostíbulos onde suas filhas estejam sendo forçadas a trabalhar.” No que diz respeito à segurança da caravana, a coordenadora executiva reconhece que “tiveram a protecção e o acompanhamento de todas as autoridades de segurança, com o que tudo isso implica, já que muitas das autoridades estão envolvidas nos casos de sequestro e violação dos direitos humanos dos imigrantes. Mas como é uma caravana que já possui uma visibilidade, com muita presença midiática, não tivemos nenhum problema”. Ainda que não haja cifras oficiais “o número de migrantes desaparecidos nos últimos cinco anos no México é estimado entre 60 a 80 mil pessoas”. Motivo pelo qual “temos que seguir lutando para o fim da impunidade nesse país. “É preciso mudar o rumo do que está acontecendo, já que existe um sistema de impunidade no qual todo mundo pode fazer o que quer e ninguém é punido por tê-lo feito”. Depois de percorrer nove estados mexicanos, a caravana finaliza sua caminhada em Chiapas, tentando, entre outras coisas “gerar consciência e vontade comunitária para o apoio aos imigrantes”. As mães buscaram achar alguma pista que lhes conduza ao paradeiro de seus filhos, já que, como ressalta Marta Sánchez, “são mães em busca de seus filhos e jamais deixarão de buscá-los”. Filed under: Notícias |
|
Posted: 05 Nov 2011 10:39 AM PDT
Fonte: Prensa Latina
Ativistas de direitos humanos nos Estados Unidos denunciaram hoje o uso de cárceres para alojar a imigrantes indocumentados ou solicitantes de asilo, quem esperam por uma decisão governamental sobre sua deportação.Segundo membros da Organização Human Rights First, ainda que o território do norte conta com ao menos 250 instalações para albergar a essas pessoas, 50 por cento dos detentos por problemas migratórios são deslocados às penitenciarias , onde convivem com criminosos. Diversas informações coincidem em que o restante dos presos em centros de detenção são submetidos a um regime similar ao das prisões, o qual inclui uso de uniformes, pouca liberdade e a proibição de contato físico durante as visitas de familiares ou parentes. Ante essa realidade, representantes do Programa de Proteção de Refugiados de Human Rights First exigiram à Agência de Imigração e Controle de Alfândegas (AICA) condições de reclusão menos agressivas e com maior segurança para essas pessoas. Ao mesmo tempo, especialistas em assuntos migratórios e ativistas solicitaram alternativas para estrangeiros presos por falta de papéis legais, sem registros criminosos; solicitantes de asilo e outros com residência, mas com delitos menores. Cifras da AICA indicam que no ano passado foram deportadas 393 mil pessoas, enquanto para 2011 a entidade propôs elevar as repatriações a 404 mil. Assim mesmo as estatísticas referem um total de 126 óbitos entre 2003 e neste ano, de imigrantessob custodia do organismo governamental. A solução à situação dos 12 milhões de indocumentados que vivem nos Estados Unidos persiste hoje como uma das promessas pendentes do presidente, Barack Obama, quem aspira a se reeleger por um segundo mandato nas eleições de 2012. mmd/oda/sc Filed under: Notícias |


