Em
mais um capítulo da política de perseguição e criminalização dos
movimentos sociais no Equador, o governo de Rafael Correia reabriu,
mesmo após ser arquivado por falta de provas, o processo contra a líder
sindical Mery Zamora, condenando-a por “sabotagem e terrorismo”.
Segue nota no site do Movimento
Popular Democrático do Equador, do qual Zamora é dirigente, denunciando
mais essa arbitrariedade cometida pelo regime de Correia.
O ódio e a descriminação correísta declararam culpada de “sabotagem e terrorismo” a professora Mery Zamora
Um dia após o dia das mães, o Décimo
Tribunal Penal de Guayas declarou culpada a professora Mery Zamora,
ex-presidente da União Nacional dos Educadores (UNE) e atual subdiretora
nacional do MPD (Movimento Popular Democrático), do suposto delito de
sabotagem e terrorismo, com uma pena prevista de 8 a 12 anos de reclusão
de acordo com o Art. 158 do Código Penal.
Para o Diretor Nacional do MPD, Luis
Villacís Maldonado, esta sentença é uma expressão do ódio e da
perseguição política aos dirigentes sociais, e reflete uma descriminação
contra as valentes mulheres que levantaram sua voz contra os abusos do
poder. A sentença contra Mery Zamora é a conclusão de uma campanha
sistemática de mentiras e insultos, visto que o processo havia sido
arquivado por falta de provas, mas foi reaberto por pedido presidencial,
e agora, sem provas, condenaram essa professora de forma ilegal e
inconstitucional. Assim funciona a justiça do Equador.
Luis Villacís acrescentou que a equipe
jurídica do MPD apelará dessa sentença, adotará todos os recursos legais
no país e recorrerá aàCorte Interamericana de Direitos Humanos para
denunciar este caso de flagrante violação dos direitos humanos no
Equador. O diretor do MPD convocou todos os setores sociais e populares a
levantar a bandeira de solidariedade a Mery Zamora e todos os
dirigentes sociais, jornalistas e ecologistas que são perseguidos
judicialmente pelo regime: “Frente a perseguição é hora da mobilização
popular”, setenciou Vilaccís.
A professora Mery Zamora reiterou sua
decisão de seguir enfrentando a prepotência e o autoritarismo do regime,
de continuar a luta em defesa das maiorias, e confirmou sua
participação na Convenção Nacional Extraordinária do Movimento Popular
Democrático que se realizará em 18 de maio de 2013, na cidade de Quito.
MPD – Movimento Popular Democrático do Equador