Roberto Abraham Scaruffi: Under-developmental Brazil... Ignorance's arrogance

Thursday 9 May 2013

Under-developmental Brazil...
Ignorance's arrogance

“Por que os médicos cubanos assustam” e mais 9 atualizações

Link to Jornal A Verdade


Posted: 08 May 2013 06:38 AM PDT
Só em 2011, médicos cubanos recuperaram a visão  gratuitamente de2 milhões de pessoas em  35 países
Elite corporativista teme que mudança do foco no atendimento abale o nosso sistema mercantil de saúde
A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.
Essa não é a primeira investida radical do CFM e da Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos médicos cubanos entre nós. Em 2005, quando o governador de Tocantins não conseguia médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país.
A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos.
No Brasil, o apego às grandes cidades
Dos  371.788 médicos brasileiros, 260.251 estão nas regiões Sul e Sudeste
Neste momento, o governo da presidenta Dilma Rousseff só está cogitando de trazer os médicos cubanos, responsáveis pelos melhores índices de saúde do Continente, diante da impossibilidade de assegurar a presença de profissionais brasileiros em mais de um milhar de municípios, mesmo com a oferta de vencimentos bem superiores aos pagos nos grandes centros urbanos.
E isso não acontece por acaso. O próprio modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.
Mesmo com consultas e procedimentos pagos segundo a tabela da AMB, o volume de clientes é programado para que possam atender no mínimo dez por turnos de cinco horas. O sistema é tão direcionado que na maioria das especialidades o segurado pode ter de esperar mais de dois meses por uma consulta.
Além disso, dependendo da especialidade e do caráter de cada médico, é possível auferir faturamentos paralelos em comissões pelo direcionamento dos exames pedidos como rotinas em cada consulta.
Sem compromisso em retribuir os cursos públicos
Há no Brasil uma grande “injustiça orçamentária”: a formação de médicos nas faculdades públicas, que custa muito dinheiro a todos os brasileiros, não presume nenhuma retribuição social, pelo menos enquanto não se aprova o projeto do senador Cristóvam Buarque, que obriga os médicos recém-formados que tiveram seus cursos custeados com recursos públicos a exercerem a profissão, por dois anos, em municípios com menos de 30 mil habitantes ou em comunidades carentes de regiões metropolitanas.
Cruzando informações, podemos chegar a um custo de R$ 792.000,00 reais para o curso de um aluno de faculdades públicas de Medicina, sem incluir a residência. E se considerarmos o perfil de quem consegue passar em vestibulares que chegam a ter 185 candidatos por vaga (UNESP), vamos nos deparar com estudantes de classe média alta, isso onde não há cotas sociais.
Um levantamento do Ministério da Educação detectou que na medicina os estudantes que vieram de escolas particulares respondem por 88% das matrículas nas universidades bancadas pelo Estado. Na odontologia, eles são 80%.
Em faculdades públicas ou privadas, os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão por que não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam como atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes.
Concentrados no Sudeste, Sul e grandes cidades
Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades. Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior.
Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho, se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
A pesquisa “Demografia Médica no Brasil” revela que há uma forte tendência de o médico fixar moradia na cidade onde fez graduação ou residência. As que abrigam escolas médicas também concentram maior número de serviços de saúde, públicos ou privados, o que significa mais oportunidade de trabalho. Isso explica, em parte, a concentração de médicos em capitais com mais faculdades de medicina. A cidade de São Paulo, por exemplo, contava, em 2011, com oito escolas médicas, 876 vagas – uma vaga para cada 12.836 habitantes – e uma taxa de 4,33 médicos por mil habitantes na capital.
Mesmo nas áreas de concentração de profissionais, no setor público, o paciente dispõe de quatro vezes menos médicos que no privado. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o número de usuários de planos de saúde hoje no Brasil é de 46.634.678 e o de postos de trabalho em estabelecimentos privados e consultórios particulares, 354.536. Já o número de habitantes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 144.098.016 pessoas, e o de postos ocupados por médicos nos estabelecimentos públicos, 281.481.
A falta de atendimento de saúde nos grotões é uma dos fatores de migração. Muitos camponeses preferem ir morar em condições mais precárias nas cidades, pois sabem que, bem ou mal, poderão recorrer a um atendimento em casos de emergência.
A solução dos médicos cubanos é mais transcendental pelas características do seu atendimento, que mudam o seu foco no sentido de evitar o aparecimento da doença. Na Venezuela, os Centros de Diagnósticos Integrais espalhados nas periferias e grotões, que contam com 20 mil médicos cubanos, são responsáveis por uma melhoria radical nos seus índices de saúde.
Cuba é reconhecida por seus êxitos na medicina e na biotecnologia
Em sua nota ameaçadora, o CFM afirma claramente que confiar populações periféricas aos cuidados de médicos cubanos é submetê-las a profissionais não qualificados. E esbanja hipocrisia na defesa dos direitos daquelas pessoas.
Não é isso que consta dos números da Organização Mundial de Saúde. Cuba, país submetido a um asfixiante bloqueio econômico, mostra que nesse quesito é um exemplo para o mundo e tem resultados melhores do que os do Brasil.
Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas.
Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total) distribuído por todos os seus rincões que registram 100% de cobertura, Cuba é, segundo a Organização Mundial de Saúde, a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Segundo a New England Journal of Medicine, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA”.
O Brasil forma 13 mil médicos por ano em 200 faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais. De 2000 a 2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68 particulares.
Formando médicos de 69 países
Estudantes estrangeiros na Escola Latino-Americana de MedicinaEstudantes estrangeiros na ELAM
Em 2012, Cuba, com cerca de 13 milhões de habitantes, formou em suas 25 faculdades, inclusive uma voltada para estrangeiros, mais de 11 mil novos médicos: 5.315 cubanos e 5.694 de 69 países da América Latina, África, Ásia e inclusive dos Estados Unidos.
Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba.
Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Escola Latino-Americana de Medicina. As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas.
Isso se reflete nos avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da dengue. Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.
Presença de médicos cubanos no exterior
Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceu semelhante rede de cooperação humanitária internacional. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países.
No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo.
No âmbito da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre, que consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre dispõe de 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a plena visão.
Quando se insurge contra a vinda de médicos cubanos, com argumentos pueris, o CFM adota também uma atitude política suspeita: não quer que se desmascare a propaganda contra o regime de Havana, segundo a qual o sonho de todo cubano é fugir para o exterior. Os mais de 30 mil médicos espalhados pelo mundo permanecem fiéis aos compromissos sociais de quem teve todo o ensino pago pelo Estado, desde a pré-escola e de que, mais do que enriquecer, cumpre ao médico salvar vidas e prestar serviços humanitários.
Fonte: Blog do Porfírio
  
Posted: 08 May 2013 06:02 AM PDT
Cuba é o melhor lugar da América Latina para ser mãeNa cabeça da lista, elaborada entre 176 países, figura a Finlândia, enquanto a República Democrática del Congo está em último lugar. Nas Américas, Argentina, Costa Rica, México e Chile são os primeiros depois de Cuba, enquanto Honduras, Paraguai, Guatemala e Haití possuem o pior registro. Venezuela está em 66º lugar.
Cuba é o melhor país da América Latina para a maternidade e o 33º do mundo, segundo um índice da organização Save the Children. Os Estados Unidos estão em 30º lugar, abaixo de países com menos ingresos.
À frente desta lista figura a Finlândia enquanto o Congo é o pior lugar do mundo para ser mãe, destaca a agência Efe.
Esta Ong com sede en Londres leva em conta fatores como o bem-estar, a saúde, a educação e a situação económica das mães assim como a taxa de mortalidade infantil e materna.
Quanto a América Latina e Caribe, Cuba aparece no posto 33 à frente da Argentina (36), Costa Rica (41), México (49) e Chile (51), em contraste com Haiti clasificado em 164º. Também em postos relativamente baixos estão Honduras (111), Paraguai (114) e Guatemala (128). Venezuela está em 66º.
“Se bem que tenham conseguido enormes avanços na América Latina, podemos fazer mais para salvar e melhorar a vida de milhjões de mães e bebês recém-nascidos que se encontram na maior situação de pobreza”.
O Índice de Risco do Dia do Parto, elaborado pela primeia vez, revela que 18 % de todas as mortes de crianças menores de 5 anos na América Latina ocorrem durante o dia de nascimento. As principais causas são nascimentos prematuros, infecções graves e complicações durante o parto.
No Brasil, Peru, México e Nicarágua “foram feitos os maiores progressos”.
Fonte: El Universal
  
Posted: 08 May 2013 05:57 AM PDT
Dilma e Eike Batista nos leilões do petróleo1. A promulgação da lei 9.478, de 1997, foi um dos mais execráveis atos antinacionais praticados por FHC, na linha das mega-negociatas da privatização.
2. Ela permite leiloar o petróleo para as empresas estrangeiras, dando-lhes o direito de dispor dele para exportá-lo.
3. Ademais, instituiu a Agência Nacional de Petróleo, a qual, desde sua criação, favorece as transnacionais, inclusive licitando mais depósitos de petróleo do que a Petrobrás, que os descobriu, tem interesse em explorar a curto e médio prazo. Esta já foi também impedida de adquirir blocos licitados.
4. A ANP promoveu, sob governos petistas, maior número de rodadas que sob os do PSDB. Agora, está chegando à 11ª rodada, na qual, abriu, nos leilões, quantidade enorme de áreas para exploração, como sempre, arbitrariamente e sem controle da sociedade.
5. Esse é mais um desmentido dos fatos quanto à pretensa natureza democrática do regime político, em que as eleições são movidas a dinheiro e influenciadas por TVs e outras mídias que sempre propugnaram a entrega do mercado e dos recursos naturais do País a empresas estrangeiras, até com dados falsos e argumentos distorcidos.
6. Como apontam competentes técnicos, inclusive o ex-diretor de energia e gás da Petrobrás, Eng. Ildo Sauer, o governo joga uma cortina de fumaça para a população, pondo os royalties no foco das discussões, quando a grande questão é licitar 289 blocos de exploração, sem sequer saber o valor deles.
7. Diz Sauer: “Os royalties não passam de 15% do valor total gerado pelo petróleo nacional, e as entidades representativas da sociedade devem defender a estatização e o controle público do pré-sal e toda a cadeia petroleira do Brasil.”
8. Os royalties foram o tema dominante durante a tramitação no Congresso da lei 12.351/2010, que regula o pré-sal. E, na realidade, essa lei dá tais “compensações” às petroleiras mundiais, que o que fica no Brasil é bem inferior a 15%.
9. O foco nos royalties, além de insensato, acirra disputas entre Estados, provocando rachaduras no pacto federativo. Governadores e parlamentares brigam por migalhas, em vez de buscarem a revogação da Lei Kandir, a qual isenta as exportações do ICMS.
10. Aos que ignoram ser o Brasil um país ocupado – ou, no mínimo, que o governo se comporta como se fosse – vale lembrar que, nos anos 50 do Século XX, o Xá do Irã, considerado fantoche do império, fez acordo com as grandes petroleiras anglo-americanas, passando a receber 50% das receitas da exploração.
11. O Eng. Paulo Metri mencionou declarações da Diretora-Geral da ANP em que esta declara esperar a descoberta 19,1 bilhões de barris de petróleo nos 289 blocos. Ele lembra que esse petróleo será exportado e pergunta: “quem definiu que a exportação, seguindo a lei 9.478, é a melhor opção para a sociedade brasileira?”
12. Metri: “o porquê de tanta agressividade autoritária e decisão antissocial está relacionado com o fato de que a desinformação do povo é imensa, os governantes não esperam nenhuma reação, e os brasileiros serão respeitados somente quando mostrarem estar informados e revoltados com as decisões antissociais.”
13. Ele aponta que a ANP só convida para suas audiências, realizadas em locais fechados e guardados, os representantes das empresas interessadas. Nada de povo, nem de gente que o represente.
14. Sauer: “É uma grande irresponsabilidade o Governo organizar outra rodada desta mesma maneira, considerando ainda o momento de valorização do óleo existente nos blocos.”
15. E: “Tenho informações seguras, do Consulado americano, de que Dilma sempre defendeu os interesses do capital financeiro. Quando secretária no Rio Grande do Sul, seu nome sempre esteve ligado às privatizações. Inclusive, o Governo vem criando empresas extremamente lucrativas financiadas pelo endividamento público, coordenadas pelo BNDES.”
16. A prioridade do Brasil é reindustrializar-se e renacionalizar sua indústria, com ênfase nos setores de maior valor agregado e intensidade tecnológica, fazendo que empresas nacionais, em competição, se capacitem para absorver tecnologias desenvolvidas no exterior e para desenvolver suas próprias. Claro que isso só é possível com política industrial bem diversa da atual.
17. Apostar na exportação de produtos primários, a errada trilha que o Brasil está seguindo (com o agronegócio e minérios brutos ou em baixo grau de processamento), tornando-se também grande exportador de petróleo, é entrar no caminho da Venezuela no Século XX, quando se formou ali a estrutura econômica menos diversificada e mais dependente da América do Sul, até para alimentos.
18. Não tem base real a propalada falta de recursos da Petrobrás para investir no abastecimento interno, nem carece ela de tecnologia para explorar em águas profundas.
19. Nem há necessidade de exportar petróleo, até porque este – como outros minerais que o Brasil permite exportar – deveria ser preservado para épocas mais próximas a 2050, a partir de quando se projeta, em âmbito mundial, escassez da oferta em relação à procura.
Biomassa
20. Importante seria reformular a produção de combustíveis de origem vegetal. Se o fizesse a sério, o Brasil teria ganhos fantásticos em todos estes campos: 1) econômico-financeiro; 2) social; 3) tecnológico: 4) ecológico; 5) estratégico.
21. Essa produção, ao contrário de prejudicar a de alimentos, deve ser associada a esta. De fato, o cultivo associado de plantas alimentares e de criação de animais propicia excelente sinergia com a do álcool e a do óleo vegetal, porquanto os subprodutos das plantas necessárias aos combustíveis são insumos na produção de alimentos, e vice-versa.
22 As usinas de álcool e as processadoras de óleo devem ser de pequeno e de médio porte, sendo o combustível usado local e regionalmente: poupa-se a viagem da cana, em caminhões, gastando mais energia, por grandes distâncias, até as destilarias, e outro tanto do etanol, na volta.
23. Com descentralização e desconcentração, emprega-se mais mão de obra e eleva-se a produtividade desta e seus rendimentos, trazendo benefícios sociais junto com os econômicos. Também, segurança no abastecimento de energia e no de alimentos.
24. Esse modelo afasta as distorções das atuais plantations de cana-de-açúcar e das grandes usinas. Em relação aos óleos – cuja produção é hoje intencionalmente mal planejada e dá resultados pífios – ele permitirá aproveitar as plantas de alta produtividade.
25. Entre essas, o dendê na Amazônia e no trópico úmido, em geral. Macaúba, copaíba e pinhão manso na maior parte do Leste e do Centro-Oeste. Até no semi-árido do Nordeste, há plantas excelentes para a produção de óleos. Com dendê produz-se mais de 6 mil litros/hectare/ano, enquanto com soja, não mais de 400 litros.
26. Esse potencial, precisa, para ser bem aproveitado, de investimentos muito mais modestos que os destinados ao petróleo, e possibilita ao Brasil tornar-se, num período de cinco a dez anos, maior produtor de combustíveis líquidos que a Arábia Saudita, como dizia o Prof. Bautista Vidal.
27. Não há problema algum em dispensar ou adaptar os motores de veículos para o diesel de petróleo. É viável e econômico fabricar, em série, motores para os óleos vegetais, mesmo porque o “biodiesel” envolve a desesterificação dos óleos, ou seja, a extração da glicerina, a qual, queimada pelos motores apropriados, eleva o teor da energia aproveitada.
28. O programa de biomassa gera, portanto, benefícios tecnológicos na fabricação de máquinas para o cultivo e processamento das plantas e para a associada produção de alimentos, na melhoria das espécies vegetais e na indústria de motores, em que o Brasil ganharia escala, ficando imbatível em preços e qualidade.
29. Há, ainda, ganhos notáveis do ponto de vista ecológico. É falaciosa a campanha de que o desmatamento de áreas na Amazônia e outras causaria danos ao ambiente.
30. A área necessária para a produção de energia de biomassa, em grande escala, é modesta fração da desperdiçada em pastagens para exportar gado e exportar carne barata. É menor que a empregada na soja (esta usa 50% das terras usadas pela agricultura), para exportar farelo destinado a gado, porcos e galinhas no exterior.
31. Tudo isso traz muito mais danos ambientais e menos ganhos dos que os que adviriam da produção de biomassa. Não têm base científica as estórias das fundações financiadas por grandes petroleiras mundiais – as maiores poluidoras do Planeta – , porquanto as plantas só retiram óxido de carbono da atmosfera quando estão crescendo, pois é isso que elas comem.
32. Florestas já formadas em nada contribuem para a melhora do ambiente. O grande produtor de oxigênio não são as florestas existentes, mas, sim, os oceanos, na realidade, agredidos pela poluente indústria do petróleo: terríveis vazamentos de óleo negro nas embocaduras de grandes rios, nos mares na exploração costeira e das plataformas continentais, ademais dos naufrágios de gigantescos petroleiros.
33. E que tal a imensa massa de plásticos não biodegradáveis, provenientes do petróleo, acumulada sobre os mares e oceanos?
34. Por fim, atente-se para a segurança nacional. Um país que não tem como defender suas águas territoriais, não deveria engajar-se no petróleo antes de aparelhar a marinha e a aviação militares. Para tanto, tem de, antes, desenvolver a indústria nacional, pois ela nem sequer fabrica os chips para os mísseis e demais equipamentos.
Adriano Benayon
  
Posted: 08 May 2013 05:45 AM PDT
Moradia em DiademaO Jornal A Verdade reproduz abaixo denúncia do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) sobre a questão da moradia no município de Diadema, São Paulo
Mais de 400 famílias do MLB lutam há vários anos pelo seu direito de morar dignamente e no fim de 2012 conquistaram a desapropriação de um terreno na rua Apóstolo Pedro, no Hamuad. Foram muitas lutas, mobilizações e um grande trabalho, que hoje vem sendo desrespeitado pela atual administração de Diadema e pelo secretário de Habitação Sr. Eduardo Monteiro.
Isso porque, a nova gestão da prefeitura e o novo secretário de Habitação paralisaram o projeto habitacional sem dar nenhuma justificativa para as famílias. Pior, agiram com inverdades e mentiras, pois enquanto afirmaram em várias reuniões realizadas que iriam acelerar o processo, por baixo dos panos solicitaram ao juiz o adiamento da vistoria judicial, inviabilizando a continuidade da desapropriação.
Mesmo estando esperando por mais de 4 anos pela nossa moradia, nós do MLB estamos buscando, desde o início do ano, todas as formas resolver esta situação através do diálogo. Reunimo-nos duas vezes com o Secretário de Habitação, solicitamos reunião com o Prefeito, denunciamos a situação na imprensa e na Câmara, mas nada foi ouvido e continuamos sendo ignorados em nosso direito a morar dignamente.
É um absurdo esta postura de descaso com a habitação popular, de desrespeito a centenas de famílias que não tem onde morar e que são homens e mulheres trabalhadores de nossa cidade que deveriam ser atendidos pelo prefeito e não serem humilhados diante de seu sofrimento e de seus filhos. Nada justifica, a não ser uma postura intransigente e arrogante com o povo, se negar a concluir um projeto que irá melhorar nossa cidade e resolver o problema de habitação de centenas de trabalhadores pobres.
Basta!
Exigimos que a prefeitura cumpra seu papel, pois é obrigação dos governantes resolverem os problemas do povo. Não vamos admitir sermos humilhados e termos nosso direito roubado, exigimos a imediata vistoria e desapropriação do terreno da Rua Apóstolo Pedro!
Acompanhe a jornada de lutas do MLB no nosso blog: http://ocupacaolucineiaxavier.blogspot.com.br
Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas
  
Posted: 08 May 2013 05:38 AM PDT
Nota de repúdio do Sindicato dos Radialistas do Rio de JaneiroA direção do Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro repudia as mais de 100 (cem) demissões de funcionários da Record Novela (RECNOV), ocorridas no dia 2 de maio.
Apesar do alto índice de crescimento divulgado pela Record em todo país, ela vem implantando uma política de demissões em massa.
O Sindicato reitera sua posição em defesa dos Radialistas e lamenta a atitude tomada pela direção da empresa, que chegou ao Rio de Janeiro com a proposta de ampliar o mercado de trabalho.
Por último, destacamos que o Sindicato dos Radialistas/RJ, estará ao lado de todos os trabalhadores e fará de tudo para que a empresa cumpra com os direitos trabalhistas dos Radialistas demitidos.
Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro
  
Posted: 07 May 2013 07:22 PM PDT
Presos políticos de Oaxaca
Dois dias após dezenas de prisões havidas durante as manifestações de 1º de Maio no Estado de Oaxaca, México, as polícias estadual e municipal voltaram a atacar os manifestantes que se encontravam acampados nas instalações da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, na Cidade Administrativa, exigindo a libertação dos presos políticos. Foram presos arbitrariamente Citlali Orea Santiago e os dirigentes, Florentino López Martínez, Presidente Nacional da Frente Popular Revolucionaria (FPR), e o professor Germán Mendoza Nube, dirigente histórico e fundador da organização, que apesar de sua condição física e de encontrar-se em cadeira de rodas, foi brutalmente espancado pelos covardes elementos da AEI, pretendendo com isso quebrar sua indomável força e têmpera comunista.
Com a agressão aos manifestantes e a detenção de três dos principais dirigentes da FPR, o governo de Gabino Cué Monteagudo confirma sua posição de classe e seu reacionarismo a serviço do governo do PRI, revelando à opinião pública não ser um governo “democrático e de mudança” conforme se declarava e rompendo de fato com o movimento sindical e popular oaxaquenho.
Ainda está bem viva para o povo de Oaxaca e de todo o México a violenta repressão sofrida pelos trabalhadores daquela região, em 2006/2007, que acabou em mortes, assassinatos e centenas de detenções, mas, também, com um levante popular que interrompeu a escalada de violencia,marcando mais uma página na história de resistencia e luta pelos seus direitos do povo mexicano. As intenções, agora, não se mostram muito diferentes daqueles dias. O governo prepara uma nova ofensiva contra a classe operária, o magistério, os povos e as organizações sociais que manifestam repúdio às Reformas Estruturais do Regime, aos megaprojetos de extorsão e saque em mãos do imperialismo e da repressão e ao terrorismo de estado.
Esta nova ofensiva da reação e do fascismo em Oaxaca tem claros objetivos em curto prazo, d acordo com a FPR:
  • A desarticulação do processo da Frente Única de Luta que vem se gestando entre o magistério do SNTE-CNTE, os sindicatos do FUSION, os povos que lutam contra os megaprojetos mineiros e eólicos, os coletivos libertários, as organizações sociais e as ONG´S.
  • A criminalização do protesto social e sua satanização midiática a fim de justificar uma repressão maciça de terríveis proporções, gerando um novo banho de sangue como em 2006-2007; assim o confirmam a repressão ao movimento popular em Álvaro Obregón, Juchitan, Oaxaca, São José do Progresso, etc.
  • A repressão seletiva, assim como a detenção, desaparecimento e extermínio físico dos líderes do povo, dos sindicatos democráticos e das organizações revolucionárias; esperando com isso desatar o terror e gerar dispersão entre as forças populares.
  • A imposição a todo custo das Reformas Estruturais, dos megaprojetos e demais políticas antioperárias e antipopulares, a fim de aniquilar por completo os direitos sociais e as conquistas trabalhistas que os povos e os trabalhadores obtiveram com suas lutas.
Frente à imediata resposta promovida pela FPR, com ações de massa exigindo a libertação dos 20 presos do dia 1º de Maio, os camaradas Citlali Areja Santiago, Florentino López Martínez e Germán Mendoza Nube foram liberados.
No entanto, a repressão por parte da polícia estadual e da AEI continua em Tehuantepec, onde militantes estão sendo perseguidos pelo regime.  A direção da FPR já informou que não retrocederá até ver todos os presos políticos de 1° de Maio libertados, tampouco abaixará as bandeiras nem tolerará mais agressões contra a FPR, nem contra o conjunto do movimento sindical e popular e, com o intuito de fortalecer a luta, trabalha junto com as outras organizações em luta pela constituição da Frente Única de Luta, em 11 de Maio, em Oaxaca.
De acordo com a FPR, é necessário redobrar os esforços para a construção da Frente Única de Luta em Oaxaca, sair às ruas contra os inimigos do povo, fortalecendo o processo de unidade em nível nacional até obter a conformação da Frente Única de Todo o Povo, que derrube o regime burguês e instaure um Governo Provisório Revolucionário de Operários e Camponeses Pobres, que convoque uma Assembléia Nacional Constituinte, para discutir, aprovar e promulgar uma Nova Constituição a serviço do povo e que construa uma República Democrática Popular Antiimperialista e Antifascista.
Redação – Rio de Janeiro
  
Posted: 06 May 2013 06:23 PM PDT
Representando o Comitê Pernambucano pela Verdade, Memória e Justiça, o presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco, Edival Nunes Cajá, falando durante instalação da Comissão da Verdade dos Jornalistas Paraibanos (03.05.13).
  
Posted: 05 May 2013 04:11 PM PDT
Ocupação Lucinéia XavierProjeto Minha Casa, Minha Vida está parado na cidade que têm um déficit habitacional de mais de 20 mil moradias
No terreno situado ao lado do novo estádio de futebol de Diadema, no bairro do Inamar zona sul da cidade, mais de 300 famílias iniciaram a ocupação Lucinéia Xavier do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas nas primeiras horas do dia 05 de maio.
São famílias que estão fartas de esperar e já não têm condições de pagar os valores absurdos de aluguel que estão sempre em alta na região. Em Diadema, em virtude da especulação imobiliária, o preço do aluguel de um quarto e banheiro chega a custar R$ 400,00. O aumento do custo de vida e os baixos salários estão fazendo com que mais e mais famílias vivam na rua. É preciso que uma política de habitação verdadeiramente popular vire realidade nesta cidade.
As famílias organizadas pelo MLB têm um longo histórico de lutas. Desde 2008, a partir de um duro processo de ocupações e sensibilização do poder público, iniciou-se a desapropriação de um terreno para garantir moradia às famílias do movimento. A atual administração municipal vem, no entanto, usando de vários instrumentos burocráticos para atrasar o efetivo início da construção, de maneira que este ano nada de concreto foi feito.
Sem outra alternativa e diante do desespero que é o despejo forçado, homens, mulheres e crianças ocuparam um terreno que há anos está abandonado e que apenas serve para a especulação com objetivo de reivindicar:
- Implantação efetiva do projeto Minha Casa, Minha Vida na cidade com o objetivo de atender, prioritariamente, as famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos, principais afetadas pela falta de moradia.
- Desapropriação imediata do terreno de interesse social situado na Avenida Apóstolo Pedro, Bairro do Inamar, com o cumprimento de TODOS os requisitos burocráticos para tanto.
- Inclusão imediata de todas as famílias do MLB, que há anos estão cadastradas na prefeitura, no programa de aluguel social.
Convidamos todo o povo de Diadema a participar desta luta e promover a solidariedade à ocupação Lucinéia Xavier. Queremos uma cidade melhor para todos. Com igualdade, moradia, emprego e segurança. Viva a luta popular!
Cordenação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB
Ocupação Lucinéia Xavier – Av. Nossa Sra dos Navegantes (Ao lado do estádio municipal).
Contatos: Carol – (011) 98454,0407
  
Posted: 03 May 2013 01:01 PM PDT
Concedida permissão para René González, dos Cinco Cubanos, permanecer em CubaA corte americana finalmente aprovou nesta sexta-feira (3) uma moção que permitirá a René González cumprir o restante de seus 3 anos em Cuba, após o que ele poderá obviamente permanecer no país, fora da jurisdição da corte. Até este momento a corte havia requerido que ele passasse este período numa localidade não divulgada na Flórida, praticamente em regime de reclusão, devido ao perigo de vida que corria por estar próximo aos terroristas cujas ações ele e os outros membros do Cinco Cubanos ajudaram a desvendar.
René está em Cuba faz duas semanas para participar das cerimônias do funeral de seu pai Cándido, que morreu recentemente. Phil Horowiz, advogado de René, disse que ambos estão felizes que René “poderá voltar a sua família.”
A ordem judicial de 7 páginas, emitida pelo juiz Joan Lenard (você pode visualiza-la clicando neste link) descreve os requerimentos para o seu direito de permanecer em Cuba. O principal requerimento é que ele renuncie à sua cidadania, o que ele voluntariamente já havia oferecido fazer (René tinha dupla cidadania, cubana-estadunidense). Para renunciar à cidadania estadunidense deve-se estar fora dos EUA, de acordo com uma lei federal do país.
Esta grande conquista é um alento e uma inspiração a todos os solidários aos Cinco Cubanos para que continuem na luta de forma que Gerardo, Ramín, Antonio e Fernando possam também retornar para casa imediatamente!
Glauber Ataide, com informações de Free the Five
  
Posted: 03 May 2013 11:48 AM PDT
Cuba alcança quase 100% de retenção escolarA vice-ministra da Educação de Cuba, Cira Piñero, apresentou nesta sexta-feira (3) um relatório que aponta que 99% dos alunos da escola primária dão continuidade aos estudos na escola secundária.
Este número é ainda superior ao total de alunos que avaliam positivamente o curso primário, que chega a 98,1%.
A retenção escolar quase total em Cuba é resultado de um trabalho sistemático para manter e elevar a qualidade da educação, anunciaram autoridades do setor em La Habana.
Na inauguração de um seminário nacional do Ministério da Educação (Mined) para planejar o curso 2013-2014, a titular da pasta, Ena Escla Velázquez, considerou que os esforços devem se intensificar com o objetivo de continuar avançando na formação das novas gerações.
Neste sentido, “é importante persistir no estudo sistemático, no trabalho, na ordem, na disciplina, na organização e na exigência”, afirmou.
Glauber Ataide