O
presidente da Bolívia, Evo Morales, determinou a suspensão das
atividades e a expulsão dos integrantes da Agência dos Estados Unidos
para o Desenvolvimento Internacional (cuja sigla em inglês é Usaid).
Morales acusa a organização de ingerência política nos sindicatos de
camponeses e entidades sociais, além de conspiração contra o governo.
Ele admitiu que a decisão é também uma resposta aos Estados Unidos, que
consideram a América Latina como quintal.
A agência atuava no país há 40 anos,
desenvolvendo projetos em vários setores sociais, como saúde e meio
ambiente. “Decidimos expulsar a Usaid da Bolívia, que saia a Usaid da
Bolívia, peço ao irmão chanceler [David Choquehuanca] que comunique
imediatamente à Embaixada dos Estados Unidos”, disse o presidente no
discurso do Dia do Trabalhador.
“Seguramente pensaram que aqui se
poderia manipular politicamente e economicamente [os bolivianos], mas
esses são tempos passados”, acrescentou Morales. Ele reiterou que o
objetivo é manter relações de igualdade entre a Bolívia e os Estados
Unidos, usando uma expressão em espanhol de “você para você”. Segundo o
presidente, não há mais espaço para a mentalidade de dominação.
“Seremos um pequeno país, mas igual, e
merecemos respeito. A expulsão da Usaid é também um protesto ao
chanceler [John Kerry], que disse que a América Latina é um quintal dos
Estados Unidos”, disse Morales.
Peter
Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que é presidente do grupo
Nestlé desde 2005, afirma que é necessário privatizar o fornecimento da
água. Isso para que nós, como sociedade, tomemos consciência de sua
importância e acabássemos com o subpreço que se produz na atualidade.
Palavras sujas que provocaram estupor,
sobretudo quando se tem em conta que a Nestlé é a líder mundial na venda
de água engarrafada. Um setor que representa 8% de seu capital, que em
2011 totalizaram aproximadamente 68,5 bilhões de euros.
Pero Brabeker junta essa a outras
críticas para destacar que o fato de muitas pessoas terem a percepção de
que a água é gratuita faz com que em várias ocasiões não lhes deem
valor e a desperdicem. Assim sustenta que os governos devem garantir que
cada pessoa disponha de 5 litros de água diária para beber e outros 25
litros para sua higiene pessoal, mas que o resto do consumo teria que
gerido segundo critérios empresariais.
Apesar das rejeições que sua posição
provoca, faz tempo que ele defende, sem cerimônia, com entrevistas como
esta que aparece no vídeo abaixo, que qualifica de extremistas as ONGs
que sustentam que a água deveria ser um direito fundamental.
Em sua opinião, a água deveria ser
tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado,
estabelecido pela lei de oferta e procura. Só desta maneira, aponta,
empreenderíamos ações para limitar o consumo excessivo que se dá nesses
momentos.
Segundo
o relatório oficial de estatísticas da União Europeia, a taxa de
desemprego subiu mais uma vez na região. Batendo recorde após recorde,
os desempregados representam agora 12,1% da população, somando mais de
26 milhões de homens e mulheres.
Os países que apresentam as maiores taxas são Grécia (27,2%), Espanha (26,7%) e Portugal (17,5%).
Entre os jovens a situação é mais grave:
24% dos jovens abaixo dos 25 anos não tem emprego na região. Os países
com maior desemprego para a juventude são Grécia (59,1%), Espanha
(55,9%), Itália (38,4%) e Portugal (38,3%).
Na Bélgica 22,4% das pessoas com menos
de 25 anos não têm trabalho, sendo que o mais surpreendente neste país é
que “a grande subida é do grupo que tem um nível de ensino mais
elevado. O ensino superior deixou de ser garantia de emprego”, publicou o
jornal De Morgen.