Roberto Abraham Scaruffi

Wednesday, 30 March 2011





Posted: 29 Mar 2011 01:45 PM PDT
Fonte: Portal Amazônia
O Ministério Público do Trabalho (MPT) discutiu, na manhã desta segunda-feira (28), a inserção no mercado de trabalho de mais de 400 haitianos abrigados em Manaus. Segundo o procurdador chefe do MPT, Jorsinei do Nascimento, a maior preocupação diz respeito ao destino final dos haitianos caso eles não se encaixem no perfil profissional das empresas. O MPT firmou um Termo de Cooperação com as indústrias, com duração de quatro anos, para atender a demanda.
“Estamos buscando alternativas para ajudar essas pessoas que só em Manaus já somam mais de 400”, disse Jorsinei do Nascimento. O Termo de Cooperação proposto pelo procurador do trabalho, Audaliphal Hildebrando, visa sugerir a cada entidade a contribuição para auxiliar os trabalhadores. “Queremos sistematizar esse processo. Não queremos que essa parceria seja feita individual, se um haitiano não der certo na LG, poderá ter a liberdade de tentar dar certo na Samsung e assim sucessivamente”, afirmou o procurador.
Segundo o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil, Cícero Custódio, empresas do ramo de construção como Aliança já contratam haitianos. “Já temos cerca de 47 trabalhando conosco nas construções civis de diferentes empresas” afirmou o vice-presidente.
A titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Flávia Grosso, sugeriu ainda a inserção de creches para atender a demanda de crianças e filhos dos haitianos. De acordo com a  Pastoral dos Migrantes, quatro crianças com idades entre seis meses e sete anos estão abrigadas em Manaus.   O procurador Audaliphal Hildebrando afirmou ainda que é preciso haver o acompanhamento dos haitianos no processo de adaptação.
“É preciso ter paciência com eles pela questão da linguagem e adaptação” disse. Segundo o superintendente do Ministério do Trabalho, Alcino Vieira, a legalidade dos migrante não será fator de impasse na contratação. “Todos estão legais em Manaus. O processo de análise que falei anteriormente se refere a permanência deles em Manaus, que deve ser postergada de acordo com o tempo. Mas, não implicará em lei nenhuma contratar os haitianos que aqui se encontram”, afirmou.
Representantes da Sejus, Suframa, Governo do Estado, Prefeitura de manaus,Seduscom, Ifam, Cetam e do MPT irão se reunir no próximo dia 31 de março para dar continuidade as discussões sobre o projeto de inclusão dos haitianos no mercado de trabalho em Manaus.