Roberto Abraham Scaruffi

Sunday, 28 July 2013

Diário do Rio de Janeiro



Posted: 28 Jul 2013 07:21 AM PDT
Sérgio Cabral e Eduardo PaesO colunista de O GloboElio Gaspari, escreveu um texto que explica como Sérgio Cabral conseguiu atingir um nível tão baixo de popularidade. Em resumo foi o total desligamento que o atual governador tem com a realidade, pelo menos esta foi a minha impressão.
Leiam o texto e tirem suas conclusões. Leiam também “O que Sérgio Cabral precisa explicar”:

Cabral precisa descobrir o Brasil

Elio Gaspari, O Globo
Sérgio Cabral foi reconduzido ao governo do Rio em 2010 com os votos de dois terços do eleitorado. Uma vitória para ninguém botar defeito. Em menos de três anos tornou-se um governador detestado.
Talvez seja exagero acreditar que é o pior entre seus pares, mas pode-se ter certeza de que foi o que impôs a maior quantidade de desaforos ao seu povo. Gosta de uma viagenzinha, mas tem no colega Cid Gomes um rival.
Usa o helicóptero da viúva para levar o cão Juquinha a Mangaratiba, mas queima menos combustível que os ministros da doutora Dilma na JetFAB (1.664 solicitações em seis meses). Comparado com o comissário Alexandre Padilha, é um sedentário.
O ministro da Saúde voou 110 vezes, na maioria dos casos para São Paulo. Diz bobagens, já defendeu o aborto informando que a Rocinha era “uma fábrica de produzir marginal”, mas foi um dos governadores do estado que, com ajuda federal, mais investiram em programas de recuperação dessas comunidades.
É dado a breguices: “Este é o melhor Alain Ducasse”, disse, referindo-se ao restaurante onde concluíra um repasto, em Mônaco.
Desde que o “Monstro” saiu às ruas, Cabral desafiou-o. Disse que “essas manifestações estão tendo um caráter, um ar político que não é espontâneo da população”. (Na semana passada, elas tinham o apoio de 89% dessa população.)
Fabricada era a passeata que seu governo organizou para apoiá-lo na disputa pelos royalties do petróleo. Tinha cercadinho VIP e pulseirinhas para celebridades.
Cabral justificou seu uso privado de helicópteros públicos dizendo que “não sou o primeiro a fazer isso no Brasil”. Esqueceu-se de dizer que não reincidirá no folguedo.
Há duas semanas, um carro da sua polícia atirou numa área onde havia manifestantes. Quem foi? Pfff. O prefeito de Miguel Pereira homenageou-o num evento cuja convocação dizia o seguinte aos beneficiários do programa Renda Melhor: “O não comparecimento poderá resultar na perda do benefício. (…) Levem seus familiares.”
A prefeitura disse que foi um “equívoco”. Sua assessoria esclareceu que não sabia de nada.
No seu pior momento, Cabral informou que, “nesses atos de vandalismo, tem a presença de organizações internacionais. (…) Sabemos que há organizações internacionais estimulando o vandalismo e o quebra-quebra”.
Em seguida criou uma comissão para apurar os atos de violência. Havia um casal que se declarou a serviço da Abin. A polícia disse que apreendeu 20 molotovs com um preso? Cadê ele? Vinte coquetéis com uma só pessoa?
O único preso, com espalhafato, nada tinha a ver com a história. Salvou-se pedindo socorro à Mídia Ninja. Graças a ela e a um vídeo da TV Globo, sua inocência ficou estabelecida. Quem criou a patranha?
No meio disso tudo, a PM prendeu um pedreiro na Rocinha, e ele sumiu. A polícia diz que ele desapareceu depois de ter sido liberado. Cadê o vídeo da sua saída da UPP? A câmera enguiçara na véspera.
A conexão da polícia do Rio e das milícias com barbarizações deveria assustar Cabral. Já houve época em que o submundo das meganhas carioca e federal se meteu em coisa parecida.
Num caso, em setembro de 1980, a descrição da cena da explosão de uma banca de jornais na jurisdição da 28ª DP chegou ao conhecimento do seu titular e do Palácio do Planalto. Sentaram em cima. Sete meses depois, o governo explodiu no Riocentro.
Cabral pode não ter entendido o que está acontecendo no país, mas não se eximirá de ser cobrado pelo que acontece no seu governo.

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Quintino Gomes
Editor at Diário do Rio
Defensor do Carioca Way of Live, morou em Jacarepaguá a vida toda, trabalhou na Zona Oeste, na Zona Norte, Centro e Zona Sul. O pai é português e a mãe carioca da Gema, do Bairro de Fátima

Confira o artigo no Diário do Rio Por que Sérgio Cabral está tão impopular?
 
Posted: 27 Jul 2013 03:45 PM PDT
KitesurfJá pensou em aprender kitesurfe, ou melhor, sabe o que é kitesurfe? É aquele pessoal que fica ali na Praia do Pepê com uma pipa e uma prancha na maior alegria, é um esporte caro, só a pipa (o kite) custa cerca de R$ 4.000, a prancha por volta dos R$ 1.500. Então, o projeto “KiteSurf Para Todos” dará 3 aulas de graça lá no Pepê.
Os treinamentos são ministrados de segunda a sexta, entre 14h30 e 15h30, no K08 Kite Surf Club, com duração média de uma hora. Para participar é preciso se inscrever no site do projeto e ser aprovado, o pré-requisito é saber nadar, ter mais de 18 anos e um atestado médico.

Aprovado o aluno participará de três aulas introdutórias na praia, sendo a primeira teórica e as seguintes práticas. Na aula inicial os inscritos vão conhecer os equipamentos e também as noções sobre direção do vento e sistemas de segurança e resgate. Na segunda aula, os alunos farão o primeiro contato com o kitetrainer, manuseio para pouso e decolagem e o controle de força da pipa. E na clínica de encerramento, o aluno poderá usar o kite inflável e assumir os controles na companhia do instrutor.
Com a conclusão do curso, os participantes que receberem a média superior de avaliação terão o direito a participar do campeonato iniciante, onde receberão o diploma de aprendizado.
As aulas grátis começaram no dia 15 de julho e vão até 15 de março de 2014. De segunda a sexta-feira, das 14h30 às 15h30
LOCAL: K08 Kite Surf Club Av. do Pepê – Praia da Barra – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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Quintino Gomes
Editor at Diário do Rio
Defensor do Carioca Way of Live, morou em Jacarepaguá a vida toda, trabalhou na Zona Oeste, na Zona Norte, Centro e Zona Sul. O pai é português e a mãe carioca da Gema, do Bairro de Fátima

Confira o artigo no Diário do Rio Aula de Kitesurf de Graça na Barra da Tijuca
 
Posted: 27 Jul 2013 03:21 PM PDT
Inverno na Lagoa por Fabiano CarusoEscrevo o Diário do Rio desde o início de 2007, ano em que tivemos os Jogos Panamericanos, e a maioria dos cariocas exalavam otimismo. O Rio iria sediar um grande evento, que foi um sucesso, era primeiro ano do governo Sérgio Cabral, depois de 8 anos de Garotinho, prometia ser uma maravilha (ressalto que nunca gostei de Cabral mas era um alento se comparado com a família Garotinho). E o otimismo continuava, tinha o Eike Batista, um bilionário carioca, prometendo mundos e fundos para a cidade e continuamos assim até junho de 2013.

Digo junho como um mês marcante, não que estivesse sentindo antes algumas notas de pessimismo, mas com as manifestações parece que houve um certo despertar. E aí temos a decadência de Eike, a derrubada na popularidade do governador e vários sinais de incompetência de Eduardo Paes durante a Jornada Mundial da Juventude, que apesar da experiência que o Rio tem com grandes eventos, só não foi um verdadeiro desastre, graças a alegria e simpatia dos peregrinos, além da humildade e paixão do Papa Francisco .
Pois, desde junho sinto um carioca mais pessimista com o futuro da cidade, apesar de ter para mim que será brilhante. Sim, a JMJ foi uma vergonha, foram cometidos erros primários, como a escolha do espaço em Guaratiba, um Papa preso em engarrafamento, metrô parando e peregrinos saindo ao mesmo tempo de Copacabana. Mas a Copa será diferente, não são tantos e todos indo apenas para um local. Já no Rio 2016, aí sim, o Rio precisa se preparar de uma forma completamente diferente mas como é ano de eleição, e Eduardo Paes vai querer fazer seu sucessor, acho que o Rio estará bem melhor.
Hoje, o colunista de O GloboArnaldo Bloch, escreveu uma coluna chamada “A Máscara do Rio Precisa Cair”, é um texto pessimista, sim, mas reflete muito do que os cariocas estão pensando atualmente.

A máscara do Rio precisa cair

Está valendo mais sentar sobre a propaganda que ter a coragem cívica de dar o próximo passo

Lembro-me bem da manhã ensolarada, dois anos atrás, em que fui visitar o Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, que havia virado UPP. Achei interessante, mas estranhei aquela fachada com cara de prédio residencial, o elevador bonito, panorâmico, e o grande corredor estilo sci-fi levando a uma porta, uma simples porta, que, ao abrir-se, dava, finalmente, para a realidade: a favela de sempre, com suas vielas e sua miséria.
Tomava guaraná numa birosca quando se iniciou um tumulto. Nada demais, briga familiar, um primo louco mamado levando um “pedala”. Chamou-me atenção um pitbull solto que resolveu não atacar ninguém, embora tenha me olhado com desconfiança.
De lá para cá, o Rio viveu uma euforia: outros morros libertos, choque de ordem, Copa do Mundo e Olimpíadas no papo, pré-Sal: anunciava-se um ciclo de ouro para a cidade, com explosão hoteleira, maquiagem das praias, Porto Maravilha, BRTs, algo jamais visto, nem quando o Rio era capital.
Cabral não cabia em si. Paes era só paz. Beltrame, o paladino da Justiça. Não havia quem, impunemente, não comprasse a ideia. E quem ousasse dizer um “ai”, pedir prudência, era tachado de inimigo, espírito de porco, na contramão das evidências.
Hoje, passada a primeira onda recente de manifestações (que não foi um fenômeno carioca, mas nacional), parece que a máscara da cidade, saturada por essa bolha de otimismo acrítico, quer cair. Como se tivéssemos saído do túnel mágico do morro ipanemense, abríssemos a cortina do passado e descobríssemos que as mazelas estão todas aí, remexidas pelos exageros, ansiando por uma análise mais pormenorizada, menos marqueteira.
Se não, vejamos. O que vemos? O AfroReggae, símbolo da conexão morro-asfalto, sai praticamente fugido do Alemão. Não é bom sinal. O morro está melhor, virou ponto turístico, com bondinho, mas devagar com o andor: tem boi na linha. O caso Amarildo está aí, a assombrar as noites das famílias. A palavra pacificação, em que pesem todas as advertências feitas por Beltrame (que várias vezes disse tratar-se apenas de um primeiro passo), tornou-se um termo absoluto que não leva em conta sua outra face: está valendo mais sentar sobre a propaganda que ter a coragem cívica de dar o próximo passo.
O próprio Beltrame, para quem Cabral repassa todas as culpas, agora, da vergonhosa ação da PM diante dos últimos tumultos de rua, já não é mais aquele. Fico imaginando se o rapaz fichado e demonizado rapidinho pela opinião pública fosse de fato processado criminalmente. O militante, que estava, é bom dizer, na “linha de frente”, já ia se convertendo num Dreyfus carioca, bode expiatório ideal para o agora impopular Cabral despejar sua tendência autoritária (sua fome de inconstitucionalidade ficou clara com a primeira versão do decreto da comissão dos vândalos). No final, com auxílio da engajada, mas útil, Mídia Ninja e de um cinegrafista amador, a farsa caiu por terra numa reportagem do “Jornal Nacional”.
E o que vemos nos transportes, mal o Papa põe os pés na cidade? A completa pane dos trens e metrôs ao primeiro verdadeiro teste de capacidade. E a ignorância sobre o trajeto do pontífice, que podia ter desandado em tragédia.
O slogan “Imagina na Copa”, que uma cervejaria tentou inverter a favor da espuma otimista, cada vez mais significa o que significa mesmo: a cidade-evento está pagando mico, sendo zoada por ciumentos estrangeiros, deixando inseguros os exploradores dos referidos eventos e os turistas. Ainda bem que o Rio continua lindo. Mas… e os preços? Pizzas a R$ 70, águas a R$ 10… somos a cidade mais cara do mundo, um risoto em Milão é pechincha perto de qualquer espelunca chique do lado de cá. Temos cacife para tanto?
O Rio continua lindo sim, e o caixa alto vai manter os eventos aqui (é o que salva). Seu povo bom continua bom mas… cadê o Rio?, cadê o povo?, numa malha urbana lotada de equipamentos que apagam o sol, o céu e o mar? O Engenhão foi para a UTI, e amanhã, no Maracanã, a torcida do Flamengo, a torcida do povo, a mais querida, está proibida de entrar, a não ser que se disponha a gastar meio salário mínimo (um pouco menos se não levar a patroa) para ver o jogo contra o Botafogo. Teremos mais um espetáculo Zona Sul no maior do mundo, que virou um pequenino estádio colorido parecido com tantos outros pequeninos estádios coloridos obedientemente retroFIFAdos.
É isto o que o Rio está se tornando: uma cidade-padrão. Um colosso chato e besta. Ordem confunde-se com uniformização, e uniformização, como todo mundo sabe, é o primeiro passo para a exclusão. A cidade partida continua partida. A partida mal começou.
Se o Rio e suas autoridades não baixarem a bola, vai chover a chuva furiosa dos céus na etapa final, vai vazar a lama do Posto 5 que continua fedendo, e o consolo vai ser uma leitura pública do “Ai de Ti Copacabana” nas exéquias. Mas sobreviveremos.
E você está otimista ou pessimista com o futuro da cidade?
P.S: Será que a Veja Rio fará um Falha Nossa ao dedicar a capa e uma matéria super elogiosa a Leonardo Maciel, presidente da Rio Eventos e responsável pelos grandes eventos da cidade.

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Quintino Gomes
Editor at Diário do Rio
Defensor do Carioca Way of Live, morou em Jacarepaguá a vida toda, trabalhou na Zona Oeste, na Zona Norte, Centro e Zona Sul. O pai é português e a mãe carioca da Gema, do Bairro de Fátima

Confira o artigo no Diário do Rio O Carioca está pessimista?
 
Posted: 27 Jul 2013 08:20 AM PDT
Erir Ribeiro da Costa FilhoPelo jeito a sequência de erros cometidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante as manifestações, que vai desde a prisão irregular (como foi o caso dos meninos da Mídia Ninja), até uma gestão temerária no Twitter, que gerou este post do YouPix, fez com que, finalmente, o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, no cargo há quase dois anos, caísse.

De acordo com o site do Sidney Rezende a substituição é um pedido do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. A gota d´água?! Olha só, foi o Twitter, Beltrame teria ficado incomodado com uma discussão pelo Twitter da corporação, gerenciado por Erir, com a Alerj e a Ordem dos Advogados do Brasil.
Para substituir Erir estão cotados:
  • coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior;
  • coronel Paulo Henrique de Moraes, comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP),
  • coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM;P
  • coronel Cláudio Lima Freire, do 3° (CPA), responsável pela Baixada;
  • coronel Henrique Lima Castro, que está na Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos.
Só espero que o futuro comandante faça um trabalho mais digno que o de Erir que agiu de forma descontrolada durante as manifestações, desgastando ainda mais a imagem da PM do Rio de Janeiro.
O atual comandante tem 54 anos, sendo 31 de Polícia Militar, foi comandante interino do Batalhão de Choque, Diretor de Apoio Logístico do Quartel General, Comandante do 2º Comando de Policiamento de Área e Comandante do 4º BPM (São Cristóvão). E foi condecorado com as medalhas Distintivo Lealdade e Constancia (2000), Ordem do Mérito D. João VI (2006), Medalha Tiradentes (2003), Medalhas de 10 e 20 anos de efetivo (2006), Medalha Ordem do Mérito PM Grau Comendador (2008), entre outras.

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Quintino Gomes
Editor at Diário do Rio
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Confira o artigo no Diário do Rio Polícia Militar do Rio de Janeiro mudará de comandante