Roberto Abraham Scaruffi: State Terrorism

Friday, 29 March 2013

State Terrorism

“Historiador norte-americano desmente “terror” de Stálin” e mais 2 atualizações

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Posted: 23 Mar 2013 07:53 PM PDT
Leia em nosso site: Historiador norte-americano desmente “terror” de Stálin
kruschev lied Grover FurrA pesada artilharia ideológica do revisionismo e da Guerra Fria contra Stálin e suas realizações na construção do socialismo na União Soviética ainda hoje se faz sentir. Não é verdade que o mero distanciamento no tempo nos permite ver com mais clareza o que se passou, como lemos tantas vezes nas capas de dezenas de livros burgueses sobre o período. Não nesse caso. Conforme nos ensina Lênin, não existe neutralidade numa sociedade dividida em classes, e, por isso, não é de se esperar que autores burgueses mudem seu ponto de vista com o passar dos anos.
No entanto, isso não impede que alguns lampejos de lucidez e honestidade intelectual possam ser encontrados entre historiadores não-marxistas que estudam a questão, como é o caso de Robert W. Thurston, professor de História na Universidade de Miami, em Oxford, Ohio, EUA, e autor da obra Life and terror in Stalin’s Russia – 1934-1941 (Vida cotidiana e terror na Rússia de Stálin, em tradução livre), ainda sem tradução para o português.
Ao analisar o período comumente referido como o mais repressivo na história da URSS, que foi entre 1934 e 1941, Thurston afirma que Stálin, ao contrário do que é propagandeado pela academia burguesa, nunca teve a intenção de aterrorizar o país e que não tinha nenhuma necessidade disso. Ao contrário, afirma o historiador, as grandes massas da população soviética não só acreditavam que as mudanças em curso no país eram uma real busca por inimigos internos, como essas mesmas massas colaboravam com o Governo revolucionário nesta tarefa.
Thurston inicia seu livro mostrando que, após um conturbado início de século, ao passar por duas revoluções, uma Guerra Mundial e uma Guerra Civil, o Governo soviético começou a “relaxar” no início da década de 1930, no sentido de introduzir reformas no sistema penal e atenuar as práticas punitivas. Entre os vários exemplos utilizados pelo historiador, encontramos neste ponto o relato de que Stálin e Molotov, em 1933, ordenaram a libertação de nada menos que metade de todos os camponeses que haviam sido presos por questões ligadas à coletivização. Em agosto de 1935, o Governo declarou anistia a todos os trabalhadores condenados a menos de cinco anos e que estavam trabalhando “honradamente e com boa consciência”. Mas, a despeito de todas as positivas ações que vinham sendo tomadas neste sentido, novos acontecimentos fizeram com que essa tendência fosse bruscamente interrompida.
A partir do assassinato de Kirov, em 1934, uma rede conspirativa foi identificada no alto escalão do Governo e do Exército soviéticos. Segundo Thurston, havia realmente um bloco trotskista em atividade na URSS; Bukharin tinha conhecimento de um centro articulado contra Stálin; pelo menos um dos seguidores de Bukharin mencionou matar Stálin; e informações de origens distintas confirmavam um complô no Exército articulado por Tukhachevsky. Assim, todas as evidências apontam para o fato de que as ações do Governo, desse momento em diante, foram uma reação a eventos que se passavam no país, e não uma política deliberada e imotivada de repressão, como defende a historiografia burguesa.
Esta reação do Governo foi levada a cabo em grande parte pela chamada Polícia Política, a NKVD. Mas, ao contrário da fantasia burguesa devaneada no livro 1984, do trotskista George Orwell, a NKVD, segundo Thurston, estava longe de ser uma organização “onisciente” e “onipotente”, uma espécie de “Grande Irmão”. Segundo o historiador, essa organização dependia tanto das informações quanto da colaboração dos cidadãos soviéticos. Assim, a chamada Polícia Política, apontada na historiografia burguesa como uma consequência de um “desequilíbrio mental” de Stálin, foi, na verdade, uma criação da própria sociedade e da história soviéticas. Thurston cita como evidência o fato de que simples cidadãos podiam não somente influenciar a NKVD em algumas detenções, como também tinham o poder de até mesmo impedir algumas delas. Segundo Thurston, “nem Stálin e nem a NKVD agiram independentemente da sociedade”, embora esta organização tenha, de fato, cometido erros e excessos sob a liderança de Ezhov, afastado do cargo e julgado posteriormente.
Este último ponto é de vital importância. A historiografia burguesa superdimensiona as exceções e lhe dão o status de regra, querendo indicar, com isso, que a maioria dos prisioneiros do período eram inocentes. Uma consequência de tal cenário seria que a maioria da população viveria então permanentemente atemorizada, com receio de ser presa a qualquer momento, por nada.
“Ninguém pode julgar quantas pessoas temiam o regime no final de década de 1930… mas abundantes fontes revelam… que a resposta a essa situação era limitada… Tal temor ocorria dentro de certas categorias da população…”, afirma Thurston. Seja qual for o momento analisado entre 1934 e 1941, um temor ao Governo era certamente menos importante do que a crença de que as autoridades buscavam identificar inimigos reais do país. Sobreviventes do período reforçam repetidamente este ponto de vista. Pelo menos entre 1939 e 1941 é possível afirmar, com segurança, que os trabalhadores urbanos da URSS exibiam patriotismo, apoio à liderança de Stálin e confiança no seu direito e na sua capacidade de criticar importantes aspectos da situação.
Apoio do povo ao Governo soviético
Outro ponto de destaque na caricatura traçada pela burguesia sobre o Governo de Stálin é a questão da falta de liberdade de crítica. Vão de encontro a isso, no entanto, os inúmeros exemplos citados por Thurston de organizações dos próprios trabalhadores que tinham como objetivo discutir e criticar aspectos de suas vidas nas fábricas e no país. Uma dessas formas era através dos jornais das fábricas, nos quais qualquer trabalhador poderia contribuir. O jornal da fábrica de Voroshilov, em Vladivostok, por exemplo, recebeu mais de duas mil cartas para publicação somente no primeiro semestre de 1935.
Mas o principal teste do Governo de Stálin foi a resposta da população à Segunda Guerra Mundial. Segundo Thurston, não houve deserção em massa durante a guerra. A principal característica do Exército Vermelho foi sua assombrosa determinação de vencer, e essa foi a razão pela qual venceu. Assim, apesar de todos os erros que podem ter ocorrido nos processos do chamado “terror” no final dos anos 1930, a Segunda Guerra Mundial foi, segundo Thurston, o “teste ácido” de todo o período de Stálin, no qual não apenas os soldados do Exército Vermelho lutaram com toda determinação, como os trabalhadores que ficaram no país continuaram a produzir, em situações muitas vezes dificílimas, as armas, os tanques e os armamentos necessários para a vitória.
Glauber Athayde, Belo Horizonte

Posted: 23 Mar 2013 06:37 PM PDT
Leia em nosso site: Em debate: moradia no Rio de Janeiro. Enchentes, mortes e desabrigados
Moradores e ex-moradores de diversas regiões populares do estado do Rio de Janeiro relatam o descaso do governo com os trabalhadores.
Fonte: Portal R7

Posted: 23 Mar 2013 04:38 PM PDT
Leia em nosso site: Ocupar as ruas pela punição aos torturadores e assassinos da Ditadura
Agosto RebeldeCriada no ano passado, a Comissão Nacional da Verdade vem tornando públicos os crimes cometidos pelo Estado contra os direitos humanos. A partir de um minucioso levantamento de dados, que já ultrapassou a marca de 30 milhões de páginas de documentos e realizou centenas de entrevistas, a Comissão divulgou, no último dia 25, um balanço de seus trabalhos.
De acordo com a Comissão, mais de 50 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de violação dos direitos humanos através de agressões, perda de trabalho ou expulsão de escolas ou universidades, sequestros, torturas e mortes. Jovens estudantes, trabalhadores, sindicalistas e até mesmo seus familiares foram vítimas das ações fascistas das Forças Armadas.
A comprovação da ação de agentes do DOI-Codi no assassinato do deputado Rubens Paiva, divulgada há algumas semanas, é prova inconteste da importância dessa Comissão e de que a busca de justiça está apenas começando. Cai por terra também a afirmação das autoridades militares de que “não há o que investigar” ou que “não restam documentos”, mostrando sua frustrada tentativa de esconder os crimes cometidos durante a ditadura.
Vários foram os jovens militantes assassinados nesse período e que até hoje não tiveram as condições de sua morte nem seus assassinos revelados. Quem matou Jonas José, estudante do Ginásio Pernambucano? Onde está o corpo de Honestino Guimarães, ex-presidente da UNE? Como morreram Emmanuel Bezerra, ex-presidente da Casa de Estudante do Rio Grande do Norte, e José Montenegro de Lima, patrono da Fenet?
A União da Juventude Rebelião (UJR) convoca os jovens de todo o País a se engajarem nas atividades de resgate da memória e da verdade, apoiando as ações da Comissão Nacional e promovendo, durante a Jornada de Lutas do mês de março, em homenagem a Edson Luís, debates, atividades e mobilizações de rua que apresentem os culpados dos crimes da ditadura, honrando a história de luta de jovens como Manoel Lisboa de Moura, Emmanuel Bezerra e tantos outros que deram suas vidas na defesa de um Brasil democrático, livre do imperialismo e socialista.
Cada grêmio estudantil, entidade municipal ou estadual, centro acadêmico ou DCE tem um papel extremamente importante para resgatar os verdadeiros heróis do povo brasileiro, e a eles devemos dedicar essa jornada de lutas, desmascarando os crimes da ditadura militar e colocando a juventude em luta pela condenação e prisão dos torturadores.
Coordenação Nacional da UJR